domingo, 16 de setembro de 2012

Cap 49 - Aquecendo Stalingrado - por Jager Riksen

Amanhecemos frente a mais um dia frio com ventos que batem no rosto como um choque que paralisa todos os músculos faciais. Sâo aproximadamente 11 hs e as atividades da base já estão a todo vapor; é possível ver treinamentos de tiro, patrulhas e diversas caminhões enfileirados trazendo uma grande quantidade de suprimentos para a base. Apesar do frio, recebemos uma quantidade suficiente de alimentos e bebidas para nos manter aquecidos, pelo menos, até o momento de sair para o pátio de grama rala e coberta de pequenas particulas de gelo. Já fazem 02 dias que a invasão a este gigante de gelo teve inicio. Nada além de uma imensa planilha esbranquiçada, com pequenos vilarejos salpicados como que de maneira aleatória nos espera. Mesmo sendo tão sem graça e sem apresentar sinal nenhum de importância estratégica, nosso comandante nos deixou bem claro a necessidade de captura deste território. Já deu para perceber, mesmo com pouco tempo aqui, que os russos também pensam o mesmo deste lugar e parecem que não vão abandona-lo sem antes muita luta e, é justamente contando com isso, que já logo após o café da manhã, o comandante da unidade, Major Thalles Gazel, convocou todos os membros da unidade I;/KG 666 para o briefing de hoje. Parece que está será a rotina daqui pra frente, acordar cedo congelando, briefing da missão do dia, preparo da aeronave e a incerteza de saber se iremos retornar para poder repeti-la.

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O briefing foi até que relativamente rápido, temos que bombardear a cidade de Stalingrado, que não só está repleta de artilharias anti-aéreas mas também será intensamente defendida por caças russos que fazem manobras de circo para nos engajar. O objetivo era identificar colunas de blindados que estão sendo produzidos e encaminhados a cidades vizinhas da região e que impedem o nosso avanço. Em seguida, nos dirigimos aos nossos caixões de lata voadores previamente armados com duas bombas de 1000 kg; algumas vezes imagino como deve ser a sensação de estar no solo quando estas marivalhas o atingem. Bom, melhor eles do que eu e, por enquanto, fico feliz em so ver o impacto lá de cima.

Após armado e prontos, nos alinhamos com a pista, imediatamente atrás dos caças que teoricamente deveriam nos defender de eventuais engajamentos, mas sabemos que não é sempre bem assim que acontece. Após muita espera, finalmente recebo autorização de decolagem e logo percebo como a neve pode ser traiçoeira com as rodas do avião, me obrigando a usar toda força no leme e segurar um pouco a acelaração do avião, que em condições normais poderia ser feita ao máximo de potência. Logo, após a decolagem, já recebo a noticia de nosso líder, que a unidade adotaria a formação diamante e, como eu estava pilotando o quarto dos seis aviões isso me deixaria nas seis da formação e extremamente exposto a um eventual engajamento. A partir dai, comecei a sentir um frio na barriga, que por sinal, já era maior do que o frio que sentia pela condição climática; eu sabia que deveria já ir me acostumando com esta sensação pois ela com certeza irá me acompanhar como uma puta atrás de dinheiro pelo resto dos meus dias neste lugar. Apesar do susto inicial e da apreensão do vôo eu sabia que nosso comandante iria dar o máximo de si para nos manter seguros pelo menos até chegarmos no alvo. O tempo foi passando e quando menos percebi, ja estavamos a 4000 m. Parece que o tempo passa mais rápido quando acreditamos que estamos nos nossos ultimos minutos de vida. Logo vem o aviso no rádio "Atenção formação, estabilizando na proa do alvo. Iniciando o bomb run em 5 min ..." O frio volta mais rápido e intenso do que antes, e piora quando, logo após passar uma gigantesca nuvem, noto a presença de um enxame de caças sobre Stalingrado. A sensação de incerteza do que irá acontecer aumenta e flashes da minha curta carreira de piloto brilham na minha frente como relâpagos na escuridão. Olha para os lados e vejo que apesar de tudo, Gazel manteve a formação fechada e que se temos alguma chance de sobreviver, estamos diante dela. Olho pelo bomb sight e já começo avistar os alvos. Realmente o serviço de inteligência estava certo, haviam diversos tanques e blindados leves em um pátio ao sul da cidade, prontinhos para serem transportados para o fronte. Vem ai, então, outor comando pelo rádio, solicitando que minha esquadrilha soltasse as bombas no pátio lateral ao central, que continha menos veículos. Imediatamente após, retifiquei a proa e já começava a seguir os alvos em minha mira. Ajustando rapidamente os parametros do mesmo, calculei um angulo aproximado de 30 graus e ativei os fuzivéis das bombas para o modo instantanêo. Eu sabia que assim que as bombas tocasssem o solo, as mesmas criariam um raio de explosão violento que iria contorcer a blindagem dos tanques como uma mão faz com um pedaço de papel. Suando frio, e com o dedo no gatilho, espero a ordem para soltar as bombas. O barulho dos fragmentos das flaks batendo na fuselagem do avião me faz acreditar que estou sendo alvejado por 3000 metgralhadoras ao memso tempo. Cada explosão estremece tudo, mas estou tão concentrado que pareço nem perceber que este "terremoto aéreo" dificulta a visualização do alvo. Finalmente, vêm o tão esperado comando "bombs away". Aperto o gatilho como se estivesse enfiando o dedo no olho do Batz e não solto até ver que as "pequenitas" já estão caindo.

Os próximos momentos são de alívio e ao mesmo tempo apreensão, fico aguardando o impacto das bombas para confirmar o feito ao meu coandante. Apos alguns segundos interminaveis, vejo que as bombas da esquadrilha do comandante Gazel acertaram em cheio o pátio central, formando verdadeiras bolas de fogo no solo; logo em seguida caem as minhas - perfeito, elas caem exatamente no pátio lateral, mandando todos aqueles imponentes tanques pros ares. O caos se estabelece na cidade e o fogo se espalha rapidamente com as explosões de tanques de combustível e outros alvo altamente inflamáveis presente no local; a cidade de Stalingrado começa a ferver no meio deste inverno congelante. Infelizmente não há muito tempo para saborear a vitória pois, um tiro certeiro na minha asa esquerda faz o motor rugir como o estômago do Knoke quando ele está com fome. Imediatamente a formação começa a curvar para a esquerda e já percebo a movimentação frenética dos gunners para repelir os caças que se aproximam. Após tentarem uma aproximação, percebo que muios deles se distraem com a presença de nossos caças na região e nos abandonam para formar verdadeiros emarranhados de aviões voando em circulos como um cão seguindo o próprio rabo. A formação logo inicia um mergulho gradual progressivo para a base. O Comandante Gazel então me notifica da proximidade com a base e que logo estariamos no solo. Como não podia ser assim tão facil, já na aproximaçaõ com a base aérea aparece um dos miseráveis russos, com um avião que parecia user um P-39. Logo os gunners começam os disparos e toda formção se contrai buscando maior proteção mutua, mas eu sei que no final das contas sou eu e minha esuqadrilha no final da formação e que nos receberiamos a primeira leva de tiros. Não deu outra, o caça veio feito um boi em uma tourada, cuspindo fogo pra tudo quanto é lado. Escuto os tiros ricochetearem em alguns pontos da fuselagem e logo em seguida, diversos atravessam-na ocmo se fosse de argila - o inimigo encontrou a sua convergência ideal e agora começa a castigar o meu He-111. Mesmo assim, me mantenho na formação e começo a esperar que um milagre aconteça e que eu consiga chegar a base e voltar a minha rotina no solo. De repente, como se alguma alma tivesse escutado minhas palavras, vem um caça FW-190, com seu longo nariz caractreistico engajar o russo covarde. Percebendo a ameaça , o mesmo mergulha rapidamente e abandona o engajamento e ao menos que outros aviões estivessem com o esse Ivan, eu sabia que estaria a salvo, pois já podia ver a pista de pouso.

Sem olhar para trás, nem por curiosidade do que aconteceu no embate dos caças, inicio os procedimentos de pouso, logo atrás do comandante Gazel que, neste momento, já começa a comemorar o feito e o sucesso da missão, dizneod que já estava pronto para outra ...

Por Ricardo "Riksen" Guimarães

Um comentário:

  1. po ta ficando muito bom mesmo hein Abutres parabens a todos os colabordores!

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