segunda-feira, 30 de julho de 2012

F5 da FAB sob outro olhar...


Capítulo 40 - Nova experiência, um novo FW?


2 meses após os voos com o FW190 D-9, e apesar da perda de uma das aeronaves, fui novamente selecionado para voar um novo avião de caça, agora o avião era o Ta152, onde as iniciais Ta representam uma referencia a Kurt Tank seu projetista, era uma norma nova da Luftwaffe onde seus aviões começariam a ter as iniciais de seus projetistas, não era o caso do FW até então. Este é o último dos modelos da Focke Wulf a ser desenvolvido e a entrar em ação durante a WWII. Não fosse a alteração na referência o Ta152H seria provavelmente chamado FW190H.



A princípio achei que voaria uma aeronave completamente nova, mas o Ta152 lembrava muito os FW e isso me deixou mais tranquilo. As principais diferenças eram o motor e as enormes asas. As primeiras 20 unidades de pré-produção foram entregues em Novembro de 1944, seis meses antes da queda de Berlim. Em Janeiro tinham sido completados 50.

Depois de alguns voos de testes tive a certeza que se tivéssemos tido tempo para o seu pleno desenvolvimento o Ta-152 seria provavelmente o melhor caça a hélice da guerra, mas a essa altura já ouvíamos falar do jato Me262, sendo que diziam que a Grã Bretanha também já tinha em pré-produção o seu primeiro caça a reação, o Gloster Meteor, seria o fim de nossos maravilhosos caças a hélice?

A principal arma do Ta152 é a velocidade de ataque, chegava a mais de 900km/h no mergulho, podendo se equiparar a velocidade do Me262, seu armamento era fenomenal, nesta época a guerra estava em sua fase final, nossa força aérea já sofria de falta de material e de pilotos, uma pena que o desenvolvimento dessas maravilhosas máquinas estava parando.

Em um desses voos sobre a região leste do Reich surpreendemos um pequeno grupo de aviões russos, entre eles haviam alguns LA-7 e outros P-63, eles vinham carregados de bombas, estávamos cerca de 200km ao leste de Berlin, alguns dos Ta-152 que seguiam na formação mais a frente fizeram sua primeira passada sobre o grupo de aviões russos, o líder conseguiu abater um P-63 e seu ala danificou um segundo, isso fez com que os mesmos se espalhassem, e caçar alvos espalhados é muito melhor que caçar no meio de um grupo de inimigos.

Enquanto a primeira leva dos Ta-152 subia para ganhar vantagem a segunda leva, incluindo eu, mergulhava para procurar alguns alvos. Mergulhei em dois La-7 meu ala ia a cerca de 200m de mim, protegendo minha 6 horas, passei pelo La-7 já esperando a manobra que ele faria para escapar, normalmente esses russos curvam para a esquerda, subindo, portanto vou ajudá-lo entro em suas 5h baixo, não dá outra, ele curva a esquerda subindo, mas me adianto a sua manobra e passo dando uma pequena rajada de 1 segundo, e consigo ver o clarão da explosão escondida pelo nariz do meu Ta-152, meu ala trata de engajar um segundo La-7, que esboçou uma tentativa de me seguir, e acertou a asa direita do La-7 que prontamente curvou para a direita mergulhando, vejo tudo enquanto subo para ganhar energia, começo a curva leve a direita, inicio o mergulho e caio nas 6h desse segundo La-7 já danificado, consigo enquadrá-lo facilmente em meu colimador e disparo os canhões novamente, enquanto os primeiros obuses explodem na asa direita do La-7 pedaços dele voam ao meu redor, consigo escutar os destroços batendo contra meu Ta-152, até que a parte esquerda do profundor do La-7 se solta e passa bailando ao meu lado quase acertando minha asa, o La-7 perde estabilidade e mergulha desenhando preto nos céus do Reich até acertar o solo em uma gigantesca explosão.



Dou ordem para iniciarmos a subida para 5.000m para voltarmos a patrulhar, nisso meu ala avisa dos P-63 que a essa hora tratavam de voltar para território russo para ficarem vivos, com certeza ainda não tinham visto um Ta-152 voando. Avisto dois P-63 voando desgarrados já sem suas bombas, aviso meu ala que irei engajar o ala e tentar acertar o líder na sequencia, assim ele se prepara para fazer a mesma manobra, podemos derrubar os dois no mesmo ataque. Mergulho a mais de 700km/h, me ajeito no assento do Ta, posso sentir o gosto da vitória, ao chegar a 100m do P-63 a direita do líder atiro com toda as armas, o P-63 perde o controle e inicia um parafuso em direção ao solo, ajusto o voo para a esquerda e atiro novamente, desta vez no P-63 líder, mas não acerto quase nada, meu ala grita Horrido pelo rádio pelo primeiro abate, e avisa que irá engajar o P-63 líder, só ouço e assisto, a explosão foi fantástica, deve ter acertado o depósito de munição do P-63 que explode em uma gigantesca bola de fumaça e destroços.



-Horrido!!!!! Grito pelo rádio.
-Vamos voltar para Berlin, estamos sem combustível, vamos fazer mais algumas marcações no leme. Aviso.
-3 numa só hein meu comandante!? Avisa Adolf Schmidt, meu ala.
-Pois é, estou piorando! E rimos um pouco depois de tanta tensão. 

Aeronaves desconhecidas na FAB - B17, parte I

Sim senhores, a FAB voou B-17 também...



domingo, 29 de julho de 2012

História da FAB e USAAF


Como surgiram FAB e USAAF:

Não sei quando eles pararam de usar a estrela com a bola vermelha no centro.











Não sabia que a porta abria assim.




Um fato histórico interessante, que saiu na última revista asas. Eu sempre fiquei intrigado com as marcações do1º Gavca, na Itália.

Parecia que copiávamos a marcação dos Estadunidenses, mas isto foi uma solicitação do próprio US Army, para evitar qualquer acidente. Assim adequaram a marcação AAF(Army Air force) com as cores verde e amarelo.




A História da FAB é muito parecida com a da USAAF. Enquanto a RAF e a Luftwaffe já eram uma arma independente, A FAB e a USAAF não existiam, e sim a AAF( USA) e a FAE(BR) no início da guerra o USA viu a necessidade de mais autonomia da Força aérea, e assim criou a USAAF que ficou vinculada ao US Army até 47. E depois veio a USAF ( sem o segundo a de Army)

No Brasil tínhamos a Força Aérea da Marinha e a Força Aérea do Exército: Formalmente, o Ministério da Aeronáutica foi fundado em 20 de janeiro de 1941 e o seu ramo militar foi chamado "Forças Aéreas Nacionais", alterado para "Força Aérea Brasileira" (FAB) em 22 maio daquele ano. Os ramos aéreos do Exército ("Aviação Militar") e da Marinha ("Aviação Naval") foram extintos e todo o pessoal, aeronaves, instalações e outros equipamentos relacionados foram transferidos para a FAB. (pesquisa Wiki)

Será que podemos usar estes brevês da USAAF

http://en.wikipedia.org/wiki/United_States_Army_Air_Forces








sábado, 28 de julho de 2012

Capítulo 39 - Minha vitória e meu Hurricane


Manhã ensolarada na região da Crimea, o Pasfar e o Sípoli estão voando em missão com os JAGER’s, eu os escutava pelo rádio tentando imaginar o que se passava nos céus, não pude acompanhá-los por que minha aeronave estava em manutenção, e não havia outra do mesmo modelo para poder acompanhá-los.


Caminhei ao redor da base observando atentamente a aérea da mesma que era bastante perigosa,  circundada por vários morros, como se tivessem cavado um buraco para construí-la, até encontrei um Stuka que havia sofrido um acidente em um morro antes do começo da pista, quase toda semana um distraído batia naquela área, mas ainda assim era um grande ponto estratégico aquela base.

De repente a sirene da base começa a tocar, escuto a informação pelo alto-falante de que aeronaves inimigas estão vindo em direção em uma de nossas bases.  Existiam alguns Hurricanes em nossa base capturados com os franceses e estavam ali como peças de treinamento.

Disponibilizei-me de qualquer forma para evitar o ataque, perguntei para o comando da base se poderia ir com algum desses Hurricanes , eles estranharam a proposta mas aceitaram essa decisão, talvez por necessidade.

O meu mecânico foi correndo preparar a aeronave enquanto eu pegava meus equipamentos de vôo, poucos minutos depois entrei na aeronave com o motor já funcionando deixado pelo mecânico pronto para a decolagem, comecei a taxiar para a pista, não tinha um inglês exemplar, e como já havia voado esse avião algumas vezes entendia os painéis, mais uma vez reparei como a pressão do óleo e a temperatura do motor subiam rápido, e quando entrei na pista, já não precisava pensar mais em nada além de acelerar.

Coloquei força máxima no motor, passo da hélice também, soltei os freios e arranquei, as vezes ia para direita e as vezes para esquerda, parecendo uma cobra rastejando pela pista, acabei abusando dos freios e até quase fiquei sem eles, no final da pista puxo a aeronave para não bater em um dos morros, a subida é lenta, mas confortável, avião fácil de voar por ser leve (para a época), diziam também ter uma boa plataforma de tiro, mas isso eu só iria descobrir em combate

Já em vôo pego a proa 000 e vou em direção aos inimigos, vôo baixo a menos de 1000 metros, chegando ao local vejo alguns biplanos atacando uma base que por sorte as aeronaves da mesma estavam em missão e não seriam destruídas em terra, mergulho no primeiro que vejo, pude perceber um I153 com camuflagem verde manchada, mergulho e o coloco no centro do colimador, ele me parece estar a 300 metros, aperto o gatilho as 8 metralhadoras de 7.7mm disparam de minhas asas, toda a estrutura do Hurricane começa a tremer e uma longa rajada percorre o céu até acertar meu alvo bem em sua sua asa superior mas não lhe causo grandes danos, com toda a velocidade vou em sua direção e para não nos chocarmos no ar empurro o manche para a frente e passo por baixo dele vendo os danos que o causei, nada alem de pequenos buracos. Enquanto subo uma rajada acerta minha asa direita, sem me intimidar, mesmo assim continuo até que minha aeronave comece a apresentar sinais de stall, nivelo e mergulho novamente sem um alvo definido, logo avisto um segundo biplano no deck a direita, corto a potencia do motor para ter mais tempo para achar um ângulo de disparo.

Me aproximo rapidamente por cima, me alinho com ele e disparo a 100 metros, meus tiros o acertam mas ele não cai, mesmo com uma considerável quantidade de armas, o calibre delas não é o suficiente para se tornar útil, e isso me intriga.

Começo a persegui-lo, fazendo passagens em baixa altitude e efetuando algumas rajadas curtas, após quase 1 minuto ele começa a voar de forma estranha, vai repentinamente para direita e se arrebenta em meio as arvores, arremeto para não ser atingido pela explosão, abro o canopy e olho para traz não entendendo o acontecido, também olho se não estávamos sendo perseguidos e assim volto para base, ao chegar conto ao Mutley sobre minha vitoria, minha sorte foi que o piloto Heinz foi minha testemunha e essa se torna minha primeira vitoria no front russo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Capítulo 38 - O Dora Nove

Algumas semanas atrás, logo após meus 5 abates em único voô com o FW190A5 fui chamado à base do III/JG54 para conhecer o novo FW190 D-9.

Não havíamos recebido as versões B nem C do FW190 pois os projetos das mesmas foram abandonadas e o desenvolvimento foi direto para a versão D e o seu número era 9 por que ele sucedeu o A-8. Esse FW190 foi equipado com um motor Junkers Jumo 213A, do Ju-88, com 12 cilindros, refrigerado à água por um radiador circular, recebeu prontamente o apelido de Dora-Nove.

Este novo caça utiliza a fuselagem básica do A-8, mais alongada para abrigar o novo motor, ao todo o comprimento do avião passou de 8,84m para 10,20m. Embora tenha feito seus primeiros vôos em meados de 1942, a versão definitiva somente foi entregue às primeiras unidades de combate em agosto de 1944. E lá estava eu para voá-lo.

Fw 190D-9 "Dora-Nove"

Depois de alguns dias entediantes sentado em poltronas na sala de treinamento finalmente pus minhas mãos no Dora Nove, fiz alguns voos de experiência com ele, e logo fomos para o combate, a potência e a razão de subida eram algo de outro mundo, a velocidade máxima era alucinante, definitivamente o melhor caça de boom&zoom que nos entregaram até o momento.

Em minha terceira missão faziamos um voo de caça livre quando pude ver um avião inimigo voando ao melhor estilo barata, rastejando pelo deck, a flak da wehrmacht tentava acertá-lo, aliás foi graças a ela que pude distinguir aquela camuflagem em meio a floresta, pois os clarões dos canhões explodindo ao seu redor me chamaram a atenção. O avião era um  Spitfire MkIX 25lbs, piloto suicida, onde já se viu um caça desses voar baixo para escapar do inimigo? Você pode tentar se esconder mas a caça te encontra!

Ao perceber que era um Spit avisei ao meu ala e tratei de mergulhar com muita velocidade e me posicionei na six baixa do cara que a essa altura já fumava um pouco e vazava combustível devido a flak, se eu estivesse em outro avião não o pegaria, o 25lbs é muito rápido, mas eu estava de Dora Nove voando e rápido, muita energia armazenada, esperei até chegar a 50 metros dele e disparei todas as minhas armas, a explosão foi imensa, não sobraram pedaços maiores que 2 metros do avião, o piloto nem deve ter visto o que o atingiu, nem sofreu.

Passei por seus destroços subindo feito um louco, esse motor é formidável. Peguei uma rota que nos colocaria sobre as nossas tropas pois resolvi proteger os caras contra essas baratas voadoras. Fiquei a 2000m de altura, quando de repente vejo um avião um pouco mais alto que eu, acelerei ao máximo, o motor me puxou para cima com muito entusiasmo, fui me aproximando pelas 4h baixa do avião, a asa era elíptica, provavelmente um spit ou tempest, quando pude ver as listras nas asas e o radiador imenso em seu nariz minha coluna gelou, confirmado: era um Tempest, esse avião curva muito, e acelera muito bem também. Minha posição no combate não era das melhores, eu estava baixo e quase estolando quando ele me viu fez umas manobras de tesoura para tentar escapar de mim, provavelmente calculou mal minha velocidade de aproximação achando que eu estava rápido. Meu avião perdeu sustentação na asa esquerda, achei que iria estolar, dei flaps, recuperei o controle, e o melhor de tudo: com o Tempest exatamente no centro do meu colimador, sorte, não pensei duas vezes e soltei outra rajada forte e o Tempest perdeu a asa esquerda, a sensação de terror foi substituída por uma alívio imenso, duas vitórias com o meu novo Dora.


Resolvo voltar logo para casa, mergulho forte, mas a falta de experiência com o novo avião aparece e esqueço dos flaps, os desgraçados ficam emperrados, nada pior que voar um caça de boom&zoom com os flaps me agarrando pelo ar, vejo um avião se aproximando pelas minhas 5h, de repente sou perseguido por um outro Tempest, agora é minha vez de virar a caça, tentei me desvencilhar com tesouras, mas ele curva muito enquanto atira, fui atingido diversas vezes na asa direita, pedaços do meu aileron se soltam, alguns obuses estouram meu canopi, vou morrer com certeza, e numa das passadas do Tempest enquanto ele sobe pela minha direita resolvo abandonar minha aeronave que poderia vir a ser meu caixão, salto de paraquedas enquanto vejo meu lindo Dora se espatifar no solo entre alguns arbustos, o fogo e a fumaça preta formam um terrível espetáculo subindo aos céus, só posso apreciar a paisagem enquanto caio sobre algumas árvores, me enrosco em alguns galhos onde fico preso por cerca de 50 minutos a 20m do solo até que nossos soldados venham me resgatar.

É, foi um bom voo, mas a inexperiência no uso do Dora quase me custou a vida.

domingo, 22 de julho de 2012

Hurricane desenhado hoje, para amanhã tem mais 3!!!




O desenho do Pe2 já tem a história escrita, a do Me262 esta em fase de rascunho, em breve chegará, mas antes dela tive outra idéia, que envolve o FW190D9 e o TA152 rsrsrsrs aguardem

Capitão Fred ganha bolacha.

Calma pessoal não é o que vcs estão pensando. hehehe

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ilustrando o livro



Dá até dor na mão...

Aspirante Medici e o P-47



Amigos como sabem meu pai foi piloto de P-47D, entre 1945 e 1947.
Sendo louco pelo assunto, e após ler a segunda parte da matéria sobre P-47 na revista Asas, comparei com a caderneta de voo dele, e descobri que entre os vários P-47 registrados estava o de marcação da FAB 4121, que corresponde de acordo com a resposta que obtive da revista ao Ex 44-20345, que foi o segundo D3 a voar na Itália ( O primeiro foi abatido pela flak).








Abaixo a troca de mensagens no facebook com a revista Asas.

Marcos - Fascinado com a reportagem sobre os P-47 no Brasil, fiz algumas comparações com as cadernetas de voo do meu Pai. Que voou no 2º/1º GAvCa quando passou a se chamar 9º GAV em 1947. Uma das anotações informa voo no P-47 4121, que de acordo com a matéria seria um dos aviões que atuaram na Itália. Alguém sabe em que esquadrilha este avião voava na guerra? 


Asas - Obrigado por entrar em contato conosco. Achamos muito interessante a história que você contou e, para lhe dar um retorno mais completo, pedimos ao Cel. Aparecido Camazano Alamino, que escreveu a matéria, responder a sua dúvida. Seguem os esclarecimentos abaixo:
O FAB 4121 era um P-47D-30-RE ex-44-20345 Ele foi o D3, ou seja, da Esquadrilha Verde, que atuou na Itália sob o comando do Cap Av Newton Lagares Silva.
Ressalto que esse avião acidentou-se com perda total em Santa Cruz em 02/jul/1948, segundo os registros da Base Aérea de Santa Cruz.

Um grande Abraço.
Aparecido Camazano Alamino
Historiador Aeronáutico


Marcos - Muito obrigado, ao pessoal da revista e ao Coronel Aparecido Camazano Alamino. Guardo com carinho qualquer informação que me levem a percorrer os caminhos da vida do meu falecido Pai. Apesar de ter servido ao Exército, a aviação militar está no sangue.

Este provavelmente é o D3 abatido pela flack na Itália.



P-47

Site tropas de elite:http://www.tropasdeelite.xpg.com.br/Armas-Republic-P-47-Thunderbolt.htm

Podem observar que os cofres com as munições .50, ocupavam espaço até quase as pontas das asas.





Estes são os odiados foguetes de 105mm que os Pilotos brasileiros odiavam pela total falta de precisão e arrasto aerodinâmico.

Planta do FW 190

Fonte: Site sentando a Pua.http://www.sentandoapua.com.br/thunderbolt/fw190_planta.htm




Site Sentando a Pua!

Muito rico este site, com matérias sobre nossos Heróis do 1º GAvCa!

Este panfleto foi divulgado pelo USArmy air force, para treinamento dos pilotos americanos sobre nossas marcações.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Recuperar um BT-15 Vultee e expor em Campinas? Como fazer?


Será que eu conseguiria lançar uma campanha nacional para me ajudar a salvar e voltar a expor um Vultee BT-15 que ficava exposto aqui em Campinas e hoje esta abandonado?


BT-15 Vultee em seus tempos de monumento


BT-15 abandonado...



Como será que poderia ser feita uma campanha? Primeiro conseguir a concessão do uso e da exposição da aeronave? Ela foi cedida para a prefeitura de Campinas via Diário Oficial da União, a prefeitura poderia ceder para outra pessoa recuperar e expor a aeronave? Como conseguir isso? Como conseguir fundos para a recuperação? Onde expor? Museu? Empalado em praça pública?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Capítulo 37 - Piloto de Teste





A Força Aérea Abutres, estava em intensa atividade sobre o canal da mancha. O 1º GAvCa do Ten. Col. Sípoli, fornecendo escolta e patrulhando. O 2º GAvBo do Ten. Col. Pasfar bombardeando e torpedeando os navios ingleses.

Eu fui designado para nova missão na Itália. Deixei o treinamento dos cadetes e Aspiras novatos a cargo do Capitão Víguel e do Tenente Firagi. E fui enviado a Itália, para testar um novo tipo de torpedo, que estava em faze final de aprovação.
Apesar de apreciar muito os aviões de caça, não posso negar minha admiração pelos grandes pássaros, os aviões bombardeiros e torpedeiros, onde a técnica exigida ao piloto substitui em muito a habilidade. Fiquei muito contente com a missão.


Voei para a Itália em meu JU 88, pousando em Guidonia em 30 de julho de 1942, alguns dias após os Italianos fazerem os primeiros ataques com o torpedo LT 350 (Motorbomba FFF, o FFF foi uma homenagem aos três pilotos Italianos que participaram do projeto Freiri, Fiori e Filpa).
Fallschirm-Motorbombe em alemão. 



No ataque dos Italianos aos navios Ingleses próximos a Gibraltar onde obtiveram algum sucesso, o fator limitante para o sucesso dos Italianos era a plataforma de lançamento usada por eles baseada no agora ultrapassado bombardeiro Savoia Marchetti (SM-82), o qual já tivéramos a chance de usar em combate no front Russo e nos saímos muito bem. Mas devidos as longas distâncias para encontrar os comboios ingleses no Mediterrâneo, era necessário um avião mais rápido e moderno, e esta era a minha missão, testar esta arma em nossos JU`s 88 e ver como funcionaria, pois o OKL tinha um olhar muito curioso sobre a mesma.




Sendo os Italianos excelentes construtores de torpedos, já conhecidos por todo o nosso sucesso utilizando o torpedo white head ( LT5W), tanto no front russo como agora no front ocidental, onde obtive uma marcação em meu JU-88 de 44 navios aliados destruídos.

Fui recebido na base pelo Tenente Torelli da Regia Aeronáutica, que participava das missões com a utilização do torpedo LT-350 a bordo do SM-82. Ele me acompanharia nos testes, onde também faria uma avaliação de como nosso JU-88 se sairia.

No dia seguinte eu e minha tripulação  inspecionamos nossa aeronave, que passara a noite por uma adaptação para poder lançar os LT-350, e dois deles já estavam colocados. 


Avião abastecido, taxiamos para a cabeceira da pista e nos pusemos a correr. Pude notar um arrasto pouco maior do que quando temos os LT5W, mas nada de preocupar, e subimos na proa 270º. Onde a Marinha colocara alguns velhos navios capturados dos Aliados no início da guerra. Sob orientação do LT Torelli, e a 3.000m lançamos os torpedos, um pequeno pára-quedas se abriu, e a 200m da superfície o pára-quedas maior abriu e pudemos ver o torpedo entrar na água, liberar rapidamente do pára-quedas e inicia  suas espirais crescentes, que iniciaram com curvas de 500metros e foram até 4.000m, mas infelizmente devido ao vento e a altitude caíram muito longe do alvo.


A tarde Iniciamos nova missão, desta vez lançando a 2.000m, e ficou um pouco mas próximo. Nossos anfitriões afirmavam que era a altitude mais segura, devido a forte flak das escoltas dos comboios.

Decidi tentar a 1.000m, alinhei o avião no sentido longitudinal do navio-alvo, passei o comando ao co-piloto e fui para o bombsigth, acertei a altitude na loften7 (Mira dos bombardeiros Alemães) para 1.000m, Cravei no alvo como se fosse soltar bombas em manual, e fui descendo o Angulo da mira até que o tendo a mira no centro do alvo, cheguei a 000º e apertei o disparador duas vezes, os torpedos desceram em seus paraquedas, caindo cada um de um lado do navio e nas primeiras voltas acertaram o navio-alvo.

- Tiro de sorte. Disse o Torelli.
- É Tenente veremos amanhã em um alvo real. Respondi.


No dia seguinte seguimos cedo para Malta, onde passavam os comboios aliados levando suprimento para Tobruk, não demorou e avistamos o comboio majestoso, muitos navios de transporte cercados por destróieres na escolta.

Decidido a um grande espetáculo, pois toda a missão estava sendo filmada, para posterior analise do OKW e também para o treinamento dos nossos pilotos. Escolhi um petroleiro. Estávamos a 2k e curvei para me alinhar com seu rumo. Iniciei uma descida sem ganhar muita velocidade, até atingir 1000m, e uma flak intensa começou.


Caprichei em minha aproximação, Quando estava bem sobre o navio o tenente Torelli com a mira zerada, disparou os torpedos bem na proa do navio que estava fazendo curvas em "S" para tentar escapar. Pensado que jogaríamos bombas.
Curvei para a direita e mergulhei chegando a 600km/h, para fugir da flak.


Os torpedos caíram na água e começaram os seus círculos, e olhando para trás, pudemos ver e filmar a grande explosão, acreditamos que o segundo torpedo também acertou o petroleiro, pois ele quebrou no meio e não demorou a encontrar seu novo lar, o fundo do Mar Mediterrâneo.


Duas mil unidades do Torpedo LT 350, foram encomendados pelo OKL.

Eles iniciam círculos em espiral com 500m e vão até 4.000m, seu combustível dura entre 20 e 30 minutos.

Tem 500mm de diâmetro (20 polegadas) deve ser lançado de médias altitudes para que tenha tempo do pequeno pára-quedas estabilizador abrir e por volta de 200m da superfície onde o  pára-quedas maior abre, para assegurar um leve impacto na água.

Peso 350kg, cabeça de combate com 120kg de TNT. Velocidade podendo chegar a 40kt.



Por Co Mutley