terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cap. 8 - Caçando de FW 190 A4

Amigos, agora vou relatar minha experiência como piloto do caça FW 190A4 no fronte Russo.
Fw 190F-2  em serviço na frente russa durante o inverno de 1944-45.
Desde os tempos do Warbirds, sempre fui fã do Focke Wulf 190, seja qual versão for. Primeiro por ser um avião muito mas dócil que os BFs. Quando eu iniciei a jogar na arena TH eu voava de mouse e nunca conseguia decolar um BF, até descobrir o Fw, por ter os trens de pouso fixados de forma diferentes, o FW tem mais estabilidade por abrir ao contrário de próximo a fuselagem para fora na direção das pontas das asas. o BF abrem de fora das asas para próximo a fuselagem e o torque do motor do BF que puxa muito mais a aeronave na decolagem para a esquerda, coisa difícil de compensar se vc não tem Joy ou pedais de leme. O BF é tão difícil de decolar que alguns pilotos estadunidenses tentaram decolar com um capturado e desistiram antes de algum acidente fatal.

Quando vc inicia a guerra aqui no Frontline Sky, vc está na patente de Unterofizer (Cabo) ou Feldwelber (3º Sargento) isto não te dá condição de pegar um caça de 1ª linha, poucas vezes tem BF 109 E para Feldwelber. Sendo assim no começo da guerra eu evito voar de caça, a não ser que tenha BF disponível para minha patente e tenha um número muito maior de Reds que Azul, pois assim é suicídio voar de bomber. Também não temos FW no início, se não me engano ele só aparece de 1942 em diante.

1- A guerra: Iniciou a guerra e eu na patente de Feldwelber, saí decidido a fazer uma bela campanha, correr pouco risco no início para colher as vitórias depois, Fiz o máximo de pontos voando de bombardeiro e até torpediei um navio inimigo, voando caça só no final das missões. Assim cheguei a patente de Leutnant ( 2º Tenente) onde apareceram os Primeiros FW.

2-A aeronave: O Comandante da Base me chamou a sua barraca e informou que recebera na noite anterior um pequeno lote de FW 190 e a ordem de que passa-se os BFs mais antigos para os Cabos e Sargentos. E eu que já voara FW na guerra da França e batalha da inglaterra, recebi meu FW-190 A4 novinho, com a minha matrícula Abutre 00, 4 canhões de 20mm nas asas e duas metralhadoras de 13mm sobre o caput do motor, uma verdadeira ave de rapina, por isto seu apelido de Wurger = pássaro açougueiro, ou Mustangue killer, por ser um caça ao nível ou melhor que os P-51 americanos.

3- A Missão: Estávamos em Kurland, tínhamos recuado ainda mais pressionados pelos Russos. Nesta mesma manhã de janeiro de 1943, recebi minha primeira missão de CAP (cobertura sobre o alvo)com minha nova aeronave. Proteger nosso depósito na retaguarda oeste próximo ao mar, a base era ao sul e logo após a linha de frente tinha uma base Russa de onde decolavam os bombardeiros médios PE-2 e B25. Minha missão ficar de patrulha entre a front e nossos suprimentos e monitorar a base Russa para ver se algum Russo decolava.

4- Preparação: Nosso pessoal de terra já tinha abastecido com 100% de gas e todos os canhões e metralhas foram municiados. Fiz a volta olímpica na aeronave, checando todos os detalhes e subi a carlinga. Coloquei os óculos mascara de oxigênio testei o rádio, e aguardei a ordem para decolagem.

5- Rumo a patrulha: Recebi da torre a ordem para o táxi e me posicionei na cabeceira sul da pista pois o vento entrava por 355º quase norte, manete no mínimo até que vi o tiro de sinalizador luz verde disparado da torre, fechei a cabine e acelerei, o avião puxava um pouco para a esquerda e eu compensei com o leme, quando atingi 160km acionei os flaps para a posição de decolagem, rapidamente meu pássaro deixou o chão e estávamos como por milagre riscando os céus. Após recolher os flaps e o trem, acertei o rumo para Noroeste na direção do alvo. Como não sabia se o inimigo utilizaria também aviões IL2 para ataque ao solo que por voarem muito baixo fica difícil ver de muito alto, subi até apenas 2500m. Cheguei ao alvo e não avistei nenhuma atividade, aproei para leste com o rumo um pouco mais ao sul do que seria a base inimiga e fiquei urubuzando.

5- O 1º Ataque: Não avistando nada nem na base inimiga retornei para nosso alvo, ai no rádio veio a mensagem, alvo sob ataque, bem este inimigo provávelmente não voou direto da base para o alvo, ou veio de outra base. chegando ao alvo avistei um PE-2 que estava despejando suas bombas, ao me ver mergulhou na proa 090º para tentar escapar para sua base, eu em seu encalço, fui me aproximando e recebi os primeiros disparos do artilheiro de cauda, acelerei e pegando sua six baixa comecei a subir, preparando uma manobra evasiva caso o bomber guinasse para o meu lado( Lembrei do caso do IL2). assim que as duas pontas das asas do bomber ocuparam os limites do meu colimador(indicando 200m) abri fogo com tudo o que eu tinha, foi caco de alumínio voando para todo lado, uma explosão e o hélice passou por cima do meu avião, guinei para a direita e me recompús do susto, nunca tinha visto um avião se desintegrar tão rápido no ar. Realmente eu estava pilotando o avião mais mortal do front Russo.
RTB para rearm e refuel.

6- O 2º Ataque: Após reabastecer, recebi ordem para ficar na cabeceira da pista aguardando ordem para decolar para CAP sobre o alvo novamente. O sol já alto começava a esquentar para espantar um pouco do frio da manhã, quando vi novamente o tiro de sinalização verde, acionei os magnetos, manetes acionadas lentamente até o máximo, rolando na pista, aciono flaps e sobe naturalmente, recolho flaps, gears e recebo no rádio a ordem de seguir para o norte e não para o alvo que estava a noroeste, tinha informações que um dos nossos tentava abater um bomber Russo RTB. subi até 1000m e avistei ao longe um combate, tiros amarelos nossos e tiros verdes do inimigo, acelerei tudo e fui me aproximando, avistei o bomber primeiro no deck e logo após um corajoso piloto de MC 202 com suas duas metralhas de 7mm fazendo cosquinha num B-25, O bomber já estava com o motor direito fumando, provavelmente tiro da Flak, o MC 202 insistia e começou a fumar também, insistiu mais um pouco e foi derrubado pelo B-25, nem teve tempo de pular pois estavam muito baixos. Até então eu assistia a tudo, não interferindo para não ser acusado em corte marcial de roubar a Kill do atrevido piloto do MC202. Nossos instrutores do Squad BLW sempre falaram sobre a dificuldade de derrubar um B-25, e nós não acreditamos pois na Batalha da Inglaterra tínhamos que derrubar B-24, B17 e Lancaste, muito maiores e armados estes quadrimotores que o bimotor B-25.

Mergulhei e fui me aproximando do B-25, seus primeiros tiros atinjiram meu motor, mesmo com a cabine suja de óleo, enquadrei ele no colimador e apertei suavemente os dois gatilhos atirando com tudo que eu tinha, sua asa partiu e ele caiu explodindo no solo, meu flap e ruder também foram atingidos, com dificuldade fui guinando em direção a base que tava ruim de encontrar devido ao óleo no para brisa, após avista-la fui reduzindo a velox até 200km, tentei baixar o trem mas ele também foi atingido, não tendo outro jeito ditchei ao lado da pista de concreto, meu avião capotou e incêndio, logo após explodindo.
B-25B, 1942


6- Mensagem do além: Eu aqui do purgatório piscografo a mensagem para os companheiros da Abutres, não duvidem dos nossos instrutores, B-25 é osso duro de roer no fronte Russo hehehe

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