quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Super Tucano para a USAF

AT-6 Texan 2 sai e Super-Tucano é o único finalista do Light Attack da USAF


supertucano
Jatos são legais, mas não servem pra tudo. Toda a tecnologia bélica dos países de primeiro mundo foi projetada para situações de guerra total, franca e aberta. O cenário atual não foi previsto, então ninguém tem equipamentos adequados para lidar com terroristas e insurgentes. Gastar uma bomba guiada a laser de US$50 mil com dois idiotas em um camelo não é algo viável.
As missões de apoio aéreo também não estão funcionando direito. O A-10 Warthog é um avião magnífico para voar rasante em um campo de batalha hostil e destruir tanques russos, como fez na Guerra do Golfo, mas quando você está em uma trincheira a 20m do inimigo um avião passando a 300 quaquilhões de Km/h, com 0,003s para diferenciar amigo de inimigo pode não ser a melhor escolha.
Por isso os EUA (e todo mundo) estavam atrás de um avião pequeno, turbohélice, bem-armado e blindado contra armamento leve. Vários entraram na disputa, mas os finalistas foram o AT-6 Texan 2, venerável sucessor do AT-6 Texan, caça de treinamento da 2a Guerra (no qual tive a honra de voar) e o Super Tucano da Embraer.
Com os cortes no orçamento de defesa dos EUA o projeto de compra de caças havia sido suspenso, mas logo depois surgiu uma oportunidade: O Afeganistão estava pedindo caças para combater o Talibã. Queriam jatos mas a situação era perfeita para um caça de ataque leve. Assim os EUA comprarão para o governo de Kabul 20 aviões.
A um custo de US$9 milhões por cada Tucano, é um troco considerável no bolso da Embraer, mas dificilmente levariam, o AT-6 é feito pela Raytheon, “temos que valorizar o produto nacional” vale pra nós e pra eles também.
Só que agora saiu a notícia de que o AT-6 foi eliminado da competição. Sem explicações, o mais puro “sua ligação é muito importante para nós”.
Tadinhos.
Alguns dizem que pode ser uma forma de amaciar o Brasil para que escolha o FA-18 para o programa FX2 de compra de caças da Força Aérea, mas uma compra de US$180 milhões como agrado em uma venda de US$8 bilhões nem de longe é um brinde substancial, e de qualquer forma o Governo Federal nem cogita dar prosseguimento ao FX2,
Se a Embraer levar essa abrirá a porta para compras bem mais substanciais, direto para a USAF, mantendo assim a tradição do Brasil de ter uma das maiores indústrias bélicas do mundo mas vender junto a conversa mole de que é um país pacífico e que somente os EUA lucram com guerras.
Fonte: DT notícia retirada do ótimo Blog -> http://meiobit.com

Pessoal do meiobit, posso usar o texto na integra? Adoro os textos do Paulo Cardoso, por isso acho que não preciso alterar nada, se não concordarem eu mudo a notícia!

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