Em setembro de 1941, a operação Barbarosa seguia seu curso, avançávamos a passos largos pelas estepes russas. Após um merecido descanso e devido a proximidade de nosso front do porto de Kronstadt, redobramos nossos treinamentos com nossos bombardeiros JU-88 e HE-111 com torpedos, devido as nossas vitórias anteriores, o Alto Comando apostava todas as fichas em nossos pilotos para acabar com o suprimento marítimo inimigo.
Treinávamos acerto de torpedos em navios sucatas rebocados, pois não imaginávamos que os Russo fossem nos dar a oportunidade mais uma vez de encontrar a frota ancorada no porto.
Dia 22 de setembro a tarde estávamos em uma emocionante partida de poker quando o telefone da nossa barraca tocou, eu me somei ao Major Pasfar e seu 2º Esquadrão, estando status de alerta fomos acionados, o relatório da Inteligência dizia que a fronta russa estava nas proximidades, teríamos que sair em missão de torpedeiro para tentar encontrar e afundar alguns navios de um comboio que estava atrasado e que tinha poucas escoltas.
Em dois Jus 88 armados com torpedos LT 350 para comboios , decolamos sem escolta rumo sudeste, nos afastando da costa arrastando a barriga na água, devido a proximidade de uma Base Russa logo após o front.
O Tempo estava terrível com uma névoa úmida que não nos permitia voar afastados. Quando chegamos nas coordenadas de onde seria nosso alvo, nada encontramos, iniciamos a busca em direção da costa russa, ainda sem grande visibilidade e quando percebemos o fogo de flak se anunciou, um fogo violento, não poderia ser de um comboio desprotegido. Sem nada enxergar, lançamos nossos torpedos e aceleramos os motores na esperança de sair desta situação, nossos aviões já bem castigados anunciaram que não retornaríamos a base. Chamei o Pasfar no rádio e informei minha situação e a decisão de saltar com minha tripulação, o Major informou estar na mesma situação e que já tinha emitido um chamado de socorro no rádio. Eu fiz o mesmo, em código morse ...---...(SOS).
Iniciamos a evacuação da aeronave, naqueles poucos minutos pendurado em meu paraquedas, pude contar meus tripulantes e faltava um, um jovem artilheiro que foi morto pela flak em sua primeira missão, caiu no mar em seu caixão de metal em chamas.
Iniciamos a evacuação da aeronave, naqueles poucos minutos pendurado em meu paraquedas, pude contar meus tripulantes e faltava um, um jovem artilheiro que foi morto pela flak em sua primeira missão, caiu no mar em seu caixão de metal em chamas.
Nosso pedido de socorro foi atendido e o resgate feito por um submarino.
Chegamos em nossa base a noite. Fiz meu relatório ao comandante da inteligência onde reclamei asperamente da falta de informações mais precisas, como poderia ser um comboio desprotegido com toda aquela flak?
Chegamos em nossa base a noite. Fiz meu relatório ao comandante da inteligência onde reclamei asperamente da falta de informações mais precisas, como poderia ser um comboio desprotegido com toda aquela flak?
O dia seguinte 23 de setembro de 1941, acordei cedo e fui direto a barraca da inteligência procurar por mais novidades sobre o comboio, o Major Pasfar e as tripulações do 2º Esquadrão estavam de licença. O Tenente de plantão sorriu ao me ver, e disse:
- Coronel, o Sr. tinha razão e vai ficar surpreso com as fotos que temos agora pela manhã.
Olhei as fotos e arregalei os olhos, nossa missão anterior tinha sido totalmente desproporcional, e por milagre a maioria se salvou, nós não tínhamos enfrentado um comboio desprotegido e sim a espinha dorsal da frota russa, capitaneada pela belonave Marat.
Este navio maravilhoso, de 26.500 toneladas um dos dois únicos navios de grande porte da Frota Vermelha.
E junto com estas fotos a informação que o o Gruppe 1 do Stg-2(Stukas), comandado pelo Capitão Steen, tendo entre seus pilotos o Tenente Rudel (Futuro Ás da aviação de bombardeiro de mergulho), já havia partido para atacá-lo.
Minhas ordens eram a de pegar o
HE111 que sobrou e tentar acertar as contas com o Marat.
Com a minha tripulação do JU88 de folga, peguei os gatos pingados que encontrava pelo caminho, perguntando:
- Quer entrar para a Históia? Me ajuda a afundar um encouraçado!
Vários voluntários já estavam em volta do avião e ajudavam erguer os torpedos LT5W de tiro direto, quando eu desci do carro.
Decolamos para as coordenadas P7-7, ali se encontrava o porto de Kronstadt, será que o
Almirantado Russo iria contar que a névoa se repetisse?
Voando bem baixo para escapar dos caças russos, fui informado que a leva de Stukas já havia largado sua carga, mas o Marat teimava em boiar e responder com sua Flak encarniçada.
Sem névoa na região do alvo, ao longe começamos a ver os sinais do ataque, colunas de fumaça subiam do porto e de alguns navios, procuramos e logo encontramos nosso alvo, o costado alto e seus enormes canhões não negavam, era o Marat.
Iniciamos a aproximação que de tão treinada já esta enraizada em meus movimentos robotizados.
Nivelei a 90m, reduzi a velocidade para 280km, mirei a proa caso eles resolvessem se mover a vante, o artilheiro informou:
- Torpedos armados e prontos Comandante!
A intensa flak fazia o avião tremer, junto ao Marat estava um Cruzador que também despejava sua flak.
Alinhei voando reto para o alvo, sem ter a possibilidade de fazer tesouras para desviar das flaks, nosso motor nº 2 começou a fumar, compensei com o leme e acionei o gatilho de liberação do torpedo, uma vez, duas vezes, e o artilheiro informou:
- Torpedo 1 na água
- Torpedo 2 na água, inteiros e seguindo para o alvo.
Acelerei tudo e curvei a esquerda, ao olhar para frente dei de cara com um caça russo I-16(Rata), armado com foguetes, um BF 109 o perseguia, por sorte na minha curva ele errou os foguetes, se eu demorasse mais um pouco para curvar teria sido abatido e nem
saberia de que teria morrido.
Iniciei uma série de tesouras mas a ratinha continua em meu encalço disparando tudo que tinha, baixei todo o flap e ele não desgarrava, só consegui despistá-lo quando baixei o trem de pouso e curvei forte, ai o BF 109 acertou os 20mm nele. Olhando pela janela pude ver a hora do impacto tão esperado, os dois torpedos acertaram em cheio e finalmente o Marat começou a adernar.
Voltando para a base imerso em meus pensamentos, lembrei do jovem artilheiro perdido no dia anterior, e disse:
- Este foi por vc!
De volta a base, reparo rápido no motor, troca dos tripulantes feridos e rearmamos o Henkel com mais dois torpedos, alçamos voo para colocar o Marat no fundo.
Chegando ao porto dentro de uma mancha de óleo e destroços vimos os restos do monstro, na superfície avistamos o Cruzador que recolhia o que sobrou do primeiro, para não perder a missão acertamos dois torpedos nele, bem no paiol de munições, ele quebrou no meio, curvamos e retornamos a base.
Neste dia a tarde, me reuni com o Major Sípoli e o 1º Esquadrão, após breve explanação de como os navios mercantes estavam postados no porto, o Major decolou com seu esquadrão em uma formação mista de 8 H2 111 e 4 Caças, retornou com vitória total, afundando 06 navios da frota vermelha, sendo hoje nosso melhor piloto de avião torpedeiro.
A pedido do Alto Comando, esta missão foi filmada e editada para os futuros pilotos da Luftwaffe:
http://www.youtube.com/watch?v=vN7G10UIBQA&list=UUf7uAf46mttRCWlmDiTDvWA&index=1&feature=plcp
Cara! Quando tivermos uns 100 capítulos eu vou fazer questão de editar e imprimir uma cópia para mim! Vale, pelo menos, como recordação para nossos filhos!
ResponderExcluirHahaha, isto mesmo amigo, estamos fazendo História e um dia seremos o melhor Squad do front Russo.
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