quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cap. 33 - Caçador de altitude



Faltando dois meses para completar um ano jogando il-2, podemos afirmar que alguns pilotos da Abutres já alcançam um nível satisfatório como pilotos de caça. agradecemos aqui mais uma vez aos pilotos amigos de outros Squads que ajudaram pacientemente em nosso desenvolvimento. Mais uma vez os Squads Jager e BLW tem aqui registrado em nosso livro os nossos agradecimentos.





Em uma tarde no mês de junho de 1944, estava pronto para um voo de patrulha sobre os Alpes do oeste, na Alsácia. Voo de rotina de interceptação de caças que estavam atacando constantemente nosso bombardeiros, que eram abatidos apesar de nossas escoltas aproximadas e avançadas, precisávamos inovar e aprender com os amigos do Squad BLW as técnicas de caça de altitude, entre elas a de B&Z ( Bum e Zummm).
Fui escalado em um voo com o Piloto BLW Valeico. Nos preparamos bem, pois poderíamos encontrar todo tipo de avião que os aliados em maioria absoluta pudessem dispor naquela área.

Entre eles: Tempestes, Spitifires, P-39 e um outro temido caçador de altitude os P-47D. Além é claro de alguns bombardeiros B-25 e Halifax.

Recebemos para esta missão os poderosos FW 190 A9, fartamente armados e municiados, com 70% de combustível. Rolamos pela pista de grama, subindo rápido para o norte.  Valeico liderando e eu de ala, íamos fazendo curvas táticas, para manter a formação e também a vigilância já que os temíveis P-47D estavam voando.

Seguimos até os Alpes ao norte, e iniciamos uma curva para a esquerda para ir urubuzando para oeste. Estando a 7.000m de altitude, fica muito difícil encontrar os que estiverem no deck, mas facilmente encontramos os que estão a 3 ou 4km, alvos ideais para o BZ,  Já que podemos nos colocar após o mergulho em sua six baixa. Valeico já muito conhecido pelos pilotos aliados, conhecia também os que caçavam na altitude de P-47, ia me explicando como escolher a vítima, quando mergulhar, ter certeza que não estava sendo observado por outro inimigo e este outros detalhes da missão na altitude.

Ficamos patrulhando as possíveis rotas em que os inimigos podem se aproximar dos nossos alvos ou RTB. Logo em seguida Valeico anuncia em nossa frequêcia ter  avistado um dot.

- Dot 1hora baixo, aproximadamente 3k. Seguindo para 085º.

Como não avisto nada, firmo em sua asa enquanto ele curva se posicionando para o mergulho. Com a possibilidade de termos uma emboscada, combinamos de que apenas ele mergulharia, eu ficaria fazendo a segurança a 7k, e só mergulharia se algum inimigo mergulhasse em seu encalço.

Valeico corta o motor, fax uma inversão e com a barriga do avião para cima, puxa o nariz para baixo, no mergulho chega rápido a 600km/h e se posiciona na six baixa , mira e atira, sua vibração no rádio é contagiante, ele exclama.

-Comandante Mutley, pode ligar para o resgate dos Aliados, eles tem trabalho a fazer!

E sobe fazendo uma espiral, e eu de olho nele o tempo todo para avisar e ajudar no caso algum inimigo.
Como não apareceu nenhum inimigo mais, quase como que adivinhando nossas intenções, eles sumiram. Tive que ouvir toda a história do Valeico algumas vezes enquanto voltávamos para a base, e mais algumas vezes numa taverna cercados por pilotos novatos e de bombardeiros que para ouvir o relato, nos pagavam canecos e canecos da mais pura cerveja Kanterbräu da Alsácia  .
                                                   
Dia seguinte curando a ressaca, peguei meu Fw-190 A8, para treinar novamente agora sozinho a técnica de caçar em altitude. Na barraca da Inteligência, confirmei que hoje teríamos Spits, P-47 e P-38 no cardápio.

Avião abastecido, rolei pela grama e me pus a subir, desta vez para o Sul, com receio de alguma emboscada pelo norte, onte tínhamos voado no dia anterior.

Subi a 6.9k para evitar a condensação que poderia me denunciar, e fiquei sobre nossos alvos, como nada encontrei segui mais adiante, onde achava que seria a rota de entrada dos caças e bombardeiros inimigos.

Não demorou e avistei dois caças a 2k voando em formação dois Spitfire MK XVe . 
Eu já estava com propitch em manual com 30%, motor a 75% e radiador 100%, meu motor estava com a temperatura bem baixa, e em caso de eu ter que renunciar ao combate e retornar abruptamente a base ( Fugir correndo para a proteção das flaks, hahaha) teria muito tempo antes do motor esquentar.

Preparei meu mergulho estava exatamente na proa contrária a dos Spits e achava até que quando eu mergulhasse ele já teriam me visto e iniciariam as manobras defencivas,

Fiz a inversão, com motor desacelerado e propitch em 0% saí exatamente na six baixa deles e pude escolher
 o líder da formação que estava bem na minha frente,
 
quando ele encheu meu colimador, atirei com as seis armas do avião, duas metralhadores de 13mm e 4 canhões de 20mm, uma rajada curta de dois segundos e o Spit desapareceu em minha frente.

 Para não virar vítima do ala, acelerei  tudo e mais a WEP(Injeção de metanol)  aproveitando minha velocidade de 500km/h para iniciar uma subida suave, para não ficar a merce do segundo spit e entrei em uma nuvem já na proa de casa. A 5km ousei olhar para trás, na certeza de encontrar o segundo spit subindo atrás, mas não encontrei ninguém, fiz uma volta e encontrei o segundo spit, meio perdido lá em baixo sem saber o que tinha acontecido, e iniciando o retorno para casa, a inexperiência do piloto era tanta que ele nem se livrou da bomba que levava, mergulhei na surdina (acelerador e propitch 0%) passei para a six baixa e gradativamente ele encheu o colimador. Mais dois segundo de fogo e mais um foi para o chão. Receoso de ser pego por algum caça que do alto tivesse visto toda a ação, optei por não tentar o título de Ás (três kills sem RTB), e retornei arrastando a barriga do FW na grama, com minhas duas vitórias. 


Nesta noite foi a minha vez e enchi os ouvidos do Valeico e de nossa turma com minha História e comemorando com Schnapps hahaha...


Em voos subsequentes neste período com os pilotos Pirake, Sípoli, Klaus, Pasfar e Víguel, outras vitórias se seguiram.
                                                


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