O governo jordaniano concedeu asilo político ao piloto sírio desertor que aterrissou de emergência nesta quinta-feira em uma base aérea da Jordânia, segundo informou o Ministério de Estado de Meios de Comunicação desse país.
O ministro Samih Maaytah confirmou à agência oficial de notícias jordaniana "Petra" esta decisão, depois que o piloto, um coronel do Exército da Síria, pedisse asilo político logo após chegar ao país.
O avião militar sírio Mig 21 realizou um "aterrissagem de emergência" em uma base aérea localizada na área de Mafraq, 60 quilômetros ao leste de Amã, indicaram previamente à Agência Efe fontes governamentais jordanianas.
O piloto, identificado como o coronel Hassan Muri Hamada, desertou da Força Aérea de seu país quando efetuava um voo de treinamento no sul do país, perto da fronteira com a Jordânia.
Segundo uma fonte oficial síria, as autoridades de Damasco perderam o contato com o avião Mig 21, de fabricação russa, por volta das 10h34 locais (5h34 de Brasília).
Já o governo sírio qualificou o piloto como "traidor da pátria" e assegurou, em comunicado divulgado pela agência oficial "Sana", o Ministério de Defesa assinalou que serão aplicadas sanções contra Hamada.
"Depois que se confirmou que a aeronave saiu do espaço aéreo sírio e aterrissou na Jordânia, o piloto Hassan Muri Hamada foi considerado foragido do serviço militar e um traidor da pátria e de sua honra militar", ressaltou a nota.
O Ministério explicou que as autoridades de Damasco estão realizando contatos com os órgãos competentes na Jordânia para recuperar o avião militar.
O caso deste piloto representa a primeira deserção da Forças Armadas sírias na qual se utiliza um avião militar para entrar na Jordânia desde que explodiu a revolta contra o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, em março de 2011.
As autoridades da Jordânia defenderam em várias ocasiões uma solução política ao conflito sírio, assim como para evitar interferir nos assuntos internos do país vizinho e concentrar-se em tramitar a chegada de milhares de refugiados sírios.
Por sua parte, Damasco emprega o Exército para combater o que considera "grupos terroristas armados" e lutar contra "uma conspiração" organizada por outros países contra a Síria. EFE
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