Era mais um dia no canal da mancha, fui escalado para voar de BF109F4 em busca de aviões aliados que viessem atacar nossa frota de navios, ou simplesmente caçar, ao melhor sentimento de um piloto de caça, sob suas próprias decisões, voando com liberdade no melhor estilo dos falcões e águias.
Saí do noroeste da França, da cidade de Dunkerke, com voo para o nordeste da Inglaterra, sobre o mar, para procurar spitifires e hurricanes sobre Dover. Iria voar junto com Viguel.
Um Stuka solitário sai em missão de ataque surpresa contra o porto Inglês próximo a Dover, voo alto sobre ele, saí adiantado, dando cobertura ao Stuka enquanto Viguel acerta seu avião para decolar, voo alto, nível 300, Viguel decola 5 minutos depois já na proa do porto.
O céu estava lindo acima, mas abaixo algumas nuvens tornam o trabalho de escolta do Stuka complicado, em uma das vezes em que inclino o 109 para procurar o Stuka vejo um hurricane indo em direção a França passando por cima do porto de Dover, sozinho, uma presa perfeita.
Aviso ao Viguel que informa já me ter no visual, mergulho freneticamente na six do hurricane, ele percebe minha presença quando eu praticamente apertava o gatilho, curva a esquerda forte e mergulha, subo feito um raio, a peleja começou. Mantendo o inimigo em minhas 7 horas baixo procuro a melhor posição para o ataque e desço novamente, passo por cima dele e atiro alguns obuses que explodem em sua asa direita. Subo novamente, durante as manobras avisto mais dots vindo em minha direção, como acontece durante as curvas não sei precisar de onde vem, aviso ao Viguel que a esta hora estava a 500m de mim.
Viguel entra no combate e começamos a troca de energia, os dois contra o hurricane, um mergulhava e atacava quando o outro subia armazenando energia e protegia o combatente.
Durante as passadas acerto várias vezes o hurricane que sem controle cai ao mar próximo a uma bóia de sinalização, o piloto inimigo conseguiu saltar de paraquedas caindo no mar.
Neste meio tempo um spitfire tenta me engajar, afinal eu estava mais baixo desprotegido, mas o inimigo esqueceu da regra principal do combate aéreo, alvo baixo não é problema meu, devo me preocupar com que esta alto, Viguel me dá proteção mergulha no spit e acerta alguns tiros, isso a 1000m de altura, mas infelizmente os flaps do Viguel emperram, que situação ruim, mas ao mesmo tempo que ele me avisa do jamming dos flaps vejo o spit fumando, ótimo, pensei!
Subi enquanto o spit tentou se desvencilhar do Viguel, estou mais alto, ele abandona o combate e pega proa 090 para ir embora para sua base na Inglaterra, aviso Viguel que irei atrás do spit e que ele mantivesse altura sobre o porto, pois o flap emperrado era mortal em combate. Assim com o o meu BF109 na six baixa do Spit fui para o interior da Inglaterra, voei assim por um ou dois minutos, raspando o ventre no chão, abaixo do nível do spit, tento testar a paciência do piloto e envio uma rajada psicológica de longe, ele se desespera ao ver os tiros passando e tenta me localizar, curva a direita para checar a six, foi o suficiente para eu enquadrar ele, acerto um ou outro tiro, o motor dele trava e o piloto ejeta, baixo demais, seu corpo bate no solo e para em um tronco de árvore, cena aterradora, nunca pensei em ver isso de dentro de um avião, em combate somos avião contra avião, ver um ser humano morrer dessa forma me tira o sono por várias noites, mas agora é hora de me manter vivo.
-Dois a zero pra gente! Vamos pra casa Capitão! Grito no rádio para o Viguel. Avistei alguns dots longe no interior da Inglaterra, será que são caças vindo em minha direção? Vou é fugir daqui, pegamos proa 270, instantes depois vejo tiros na posição daqueles dots, pronto estamos salvos, voamos com a sensação de dever cumprido e pousamos sãos e salvos 15 minutos depois! Combate em elemento, altura, energia, alta consciência situacional, só poderíamos sair como vencedores.
Haha parabéns ao Veteranos, esperemos que nossos cadetes e Aspiras se inspirem em vcs!
ResponderExcluir