Era manhã de uma primavera não muito fria.
Aproveitamos a reunião de 3 esquadrões diferentes durante uma cerimônia para que os pilotos trocassem experiências em reuniões entusiasmadas nos gramados de nossa base mais ao sul na região de Kuban.
Jager Riksen, Abutres Sípoli, BLW Ottobert e BLW Phoenix
BLW, Abutres e Jager reunidos jogando conversa fora e falando sobre a possibilidade de encontrarmos alguns navios no mar, afinal sempre é gratificante acabar com um navio inimigo, e levando junto ao fundo do mar seus suprimentos e reservas.
Hurricane de Ottobert
A Abutres aproveitou ao máximo a experiência dos Jager nos ataques com torpedos escutando atentamente os dados de lançamento, enquanto o piloto Ottobert ficava alisando seu bigode e seu hurricane logo ao lado. Esse bigodinho é esquisito, mas fazer o que se ele gosta, diz que os pilotos inimigos tremem ao encarar o bigode. Já estou pensando em deixar meu bigode crescer...
BLW Ottobert e seu bigode
Enquanto as conversas eram mais e mais entusiasmadas ouve-se o alarme da base tocar, corremos para nossos Ju88 e recebemos os planos, via rádio (que por sinal sofria pela novidade que é nesta época da guerra), devemos rumar para um porto há 40 km de nossa base, surgiram informações dos aviões de reconhecimento que existem lá 7 cargueiros, 1 cruzador e um submarino.
Demos ordens para nossos Ju88 fossem armados com 2 torpedos cada, e decolamos, junto com a escolta do Hurricane de Ottobert e seu bigode penteado.
Tomamos rumo 180º em direção ao alto mar, não sem antes tomarmos precaução de não passarmos de 50 metros de altura, inclusive a escolta. Por problemas técnicos o Ju88 de BLW Phoenix fica na base, e o piloto impaciente por não poder ter ido nesta missão. Somos 2 ju88 e um Hurricane.
Depois de voarmos por 10 km oceano adentro tomamos a proa 90º para o alvo, nosso escolta passou a voar a 3000m de altura, ajudando a navegação, pois na altura em que os bombardeiros voavam não era possível ver a costa.
Finalmente veio a confirmação de Otto pelo rádio, porto avistado, proa 70º... e nos apressamos ao alvo, voando a 100m de altura, já nos preparando para a soltura dos torpedos, bastaria apenas diminuir a velocidade para menos de 300km/h na hora da soltura da carga.
Avistamos o porto, e nenhum inimigo foi avistado durante a aproximação, Riksen solta seus torpedos no cruzador, mas eu avisto uma barricada de concreto entre meu avião e os cargueiros, passo por cima do cruzador e solto meus torpedos no meio do porto, mas para nosso espanto meus torpedos começam a fazer círculos no meio dos navios, que droga! Carregaram o Ju88 com os torpedos LT350 esses são para comboios e não para portos.
O piloto Riksen logo percebe que não acertará nada pois seus torpedos ficam circulando em alto mar, enquanto os meus pelo menos circulam entre os cargueiros do porto. Como não queríamos sofrer ataques mais do que já sofríamos das flacks rápidas resolvemos voltar a nossa base mesmo sem a confirmação de danos aos navios pelos meus torpedos.
Na volta penso na loucura por ter passado por sobre o cruzador, eles poderiam ter atirado, a sorte foi o efeito surpresa, eles notaram muito tarde nossa aproximação, mas quando retornarmos com certeza teremos muito mais resistência.
Depois de algum tempo de voô Ottobert avista duas fortes explosões no porto, isso mesmo, duas! Meus torpedos acertaram dois cargueiros!
A tripulação fica muito entusiasmada, bom... pelo menos eu fico!
Pousamos depois de algum tempo em nossa base e resolvemos voltar, dessa vez pegaremos 3 HE111 pois o Ju88 de Phoenix ainda não esta pronto, damos ordens expressas para os carreguem com torpedos LT5W, assim podemos escolher nossos alvos que os torpedos irão na direção desejada!
Rumamos os 3 HE111 ao porto novamente, no mesmo esquema de sucesso da primeira missão, voando baixo e em direção ao mar.
Durante o voô escolhemos os alvos, eu fico responsável pelo afundamento do cruzador, nele precisarei acertar os dois torpedos, não posso errar, pois esse navio será a principal arma de defesa do porto, com ele afundado o trabalho dos outros dois bombers será menos difícil.
Quando nos aproximamos do alvo fui orientado pelo Otto do alto com seu Hurricane a tomar a proa direta para o cruzador, de longe o enxerguei na mira... restava aos outros dois bombers rumarem mais a 90º para poderem acertar o porto sem a barreira de contenção que me surpreendeu, eles ficam mais distantes enquanto eu me aproximo do cruzador, tão logo vejo sinais da flack do mesmo começando a ser disparada em minha direção solto meus dois torpedos e tomo proa 180º, consigo escapar ileso, e aviso aos outros sobre a soltura da carga... cruzo os dedos e espero... espero... o tempo custa a passar.
Finalmente a confirmação de meu atirador ventral, TORPEDO ACERTOU O ALVO!
Mas um cruzador é um cruzador, não afunda assim facilmente. Otto confirma que é possível ver o rastro do outro torpedo, chegando no alvo... expectativa!
Finalmente a confirmação veio pelo rádio, o cruzador quase rachou ao meio! Sinal verde dado para os outros dois HE111.
Posso ver Riksen chegando ao porto e sofrendo forte engajamento pelo submarino! Mas ele é determinado e vai cumprir sua missão! Passa pelo porto e solta seus torpedos.
Phoenix também solta seus torpedos!
Confirmação logo recebida, mais dois navios afundados! Neste momento avistamos 3 pontos no horizonte no continente, seriam interceptadores a nossa espreita? Ottobert ajeita o bigode e se lança sobre os aviões, passando um a um é possível se verificar que são mais 3 Ju88 chegando ao porto, já não resta muita coisa para ser destruída, mas toda a ajuda é bem vinda!
O porto foi destroçado de tal modo que o Phoenix chega a acertar alvos no solo, pegando alguns carros na explosão de um dos torpedos
Retornamos a nossa base com o afundamento de 5 navios! Cheios de entusiasmo e a convicção de que esta guerra também sera nossa!
Ganho o direito a pintar no leme do meu HE111 torpedeiro 4 navios, sendo 3 cargueiros e um cruzador!
Abraços e congratulações a todos os participantes desta missão! Um tremendo trabalho em equipe!
Major Sípoli
Parabéns Major, pela missão e pela narrativa.
ResponderExcluir